Tatiana Barbosa Ferrari - Terapeuta Ocupacional

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Como pensa e se sente uma criança com Autismo de Alto Funcionamento



- Eu posso estar concentrado nos meus pensamentos e não ouvir alguém chamar ou falar comigo
Um determinado sabor pode ser ótimo para toda a gente, e para mim ser de vômito 
O mesmo acontece com alguns cheiros. O melhor perfume do mundo pode fazer-me sentir a sufocar. O cheiro do tabaco pode ser completamente insuportável. 
Às vezes os ruídos são para mim ensurdecedores e eu tenho de tapar os ouvidos ou fugir. 
- Eu tenho determinados rituais ou "manias", que tenho de seguir escrupulosamente, para ficar calmo e relaxado. Mas às vezes fico frustrado pois ocupam-me muito tempo.
- Às vezes fico assustado se vejo muitas pessoas à minha volta ou alguém que desconheço. Nem sequer quero olhar para eles ou falar com eles, quero ser invisível. Tenho dificuldade em pedir coisas nas lojas ou em falar com o empregado do restaurante. Fico muito envergonhado e um pouco assustado. 
- Eu não consigo perceber o que estás a sentir quando olho para ti. Tenho dificuldade em perceber a linguagem corporal a não ser que estejas a chorar, rir ou a gritar muito alto. 
A maior parte das vezes não gosto que me toquem. Prefiro que não me dêem abraços mas adoro que alguém conhecido me coce as costas. Não gosto muito de cortar e lavar o cabelo e detesto que me cortem as unhas. 
- Não entendo as palavras com duplo sentido. Também não percebo as anedotas.
-Tenho consciência que sou diferente, que não consigo fazer com facilidade o que os outros fazem e isso deixa-me nervoso e frustrado. Mas não percebo a origem da minha diferença ou porque é que os outros me gozam. 
- Eu gosto de conhecer novas pessoas e falar-lhes, mas não sei como. Elas assustam-me. Leva-me algum tempo a ficar confortável com alguém. 
- Não percebo porque é que o meu professor diz que eu me porto mal . eu esforço-me por fazer o meu trabalho mas não percebo muitas coisas e não mas explicam correctamente. Mas se me sentam no fundo da sala ainda é pior porque ou fico a sonhar acordado ou me distraio facilmente. 
-. Algumas roupas são tão desconfortáveis que não consigo vesti-las.
- Prefiro ficar em casa a jogar Playstation ou ver televisão do que ir ao parque.
- No recreio não me importo de brincar sozinho
Fonte: Joannahterapeutaocupacional.blogspot.com.br

terça-feira, 3 de abril de 2012

Como ser Amigo de Alguém com Autismo/Asperger

Muitas pessoas acreditam que a pessoa com autismo e síndrome de asperger são pessoas que não gostam de se socializarem, um grande erro. O que eles precisam na maioria das vezes são de pessoas que o conheçam verdadeiramente. Segue algumas dicas para você que conhece, gosta, mas sente dificuldade de estabelecer um vínculo e para você que não conhece, fica a dica para quando tiver esse prazer!!


o Tome a iniciativa para incluí-lo (a) - Seu amigo pode querer
desesperadamente ser incluído e pode não saber como pedir isto. Seja
específico sobre o que você quer que ele faça
o Encontre Interesses Comuns - Será muito mais fácil se você falar ou
compartilhar algo que vocês gostem (filmes, esportes,música, livros, TV,
shows, etc.).
Seja Persistente e Paciente - Lembre-se que seu amigo com autismo pode
precisar de mais tempo para responder do que outra pessoa. Isso não
significa que ele não esteja interessado.
o Comunique-se Claramente - Falar a uma velocidade e volume razoáveis.
Usar pequenas frases também pode ser útil . Use gestos, figuras, expressões
faciais para ajudar a se comunicar. Fale literalmente - não use figuras que
confundam. Ele pode responder sinceramente "o céu" quando você pergunta
"Está tudo em cima?"
Proporcione a ele bons momentos - Estimule-o a experimentar coisas novas porque às vezes ele pode ter medo de
tentar coisas novas.
o Proteja-o (a) - Se você vir alguém molestando ou intimidando o amigo com
autismo, proteja-o e diga à pessoa que isso não é legal.
o Lembre-se da Sensibilidade Sensorial - Seu amigo pode ficar muito
desconfortável em situações ou lugares (cheios, barulhentos, etc..) Pergunte
se ele está bem. Às vezes seu amigo precisa de uma pausa.
o Dê a ele um Retorno - Se seu amigo com autismo está fazendo algo
inapropriado, diga a ele gentilmente. Esteja certo de dizer também quando ele
faz algo certo porque ele pode não saber.
Não o infantilize - Trate-o como alguém e fale com ele como se fosse outro de seus amigos Não seja
demasiado formal e não fale com ele como se ele fosse um garotinh
Informe-se - sobre a sua deficiência. Leia algumas coisas na internet ou peça a
um professor ou um orientador sobre os livros
Respeite-o - Não o ignore mesmo se você acha que ele não percebe você
o Não tenha Medo - Seu amigo é uma pessoa qualquer que precisa apenas de uma
ajudazinha. Aceitar estas diferenças e respeitar suas dificuldades como você
gostaria que fizessem com qualquer outro
amigo.

Adaptado do Programa FRIEND
Research Autism Sudoeste e Centro de Recursos
(SARRC) - Manual para as escolas

domingo, 1 de abril de 2012

2 de ABRIL - Dia Mundial do Autismo







Autismo-DAY-EMKTTodo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da
 Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU
 (Organização das Nações Unidas), desde 2008, 
pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista
 (nome "oficial" do autismo), cuja incidência em crianças
 é mais comum e maior do que a soma dos casos de AIDS, 
câncer e diabetes juntos. No Brasil estima-se que 
tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade 
ainda sem diagnóstico.

O Brasil fez o maior evento de sua história 
para a data no ano passado (2011) em todos os Estados.
 E agora, em 2012, repete-se com ainda mais força, 
monumentos serão iluminados de azul na data,
 como o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro),
 a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá, o Monumento
 à Bandeira, a Fiesp e a Assembleia Legislativa 
(em São Paulo), a torre da Unisa do Gasômetro 
(em Porto Alegre), o prédio do Ministério da Saúde
 (em Brasília) e muitos outros locais 
(veja a lista completa 
No mundo estarão iluminados também vários
 cartões-postais, como o Empire State Building
 (nos Estados Unidos), a CN Tower (no Canadá) entre 
outros  — é o movimento mundial chamado
 "Light It Up Blue", iniciado pelos estadunidenses.
 O azul foi definido como a cor símbolo do autismo, porque a síndrome é mais comum
 nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina. A ideia é iluminar
 pontos importantes do planeta na cor azul para chamar a atenção da sociedade, poder 
falar sobre autismo e levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome.
 O logo brasileiro do "Dia A", adaptado pelo publicitário Martim Fanucchi sobre a arte do logo oficial, 
assim como o cartaz e o vídeo da campanha estão disponíveis no siteRevistaAutismo.com.br/DiaMundial,
 página oficial do evento no Brasil. Martim é editor de Arte da única revista a respeito dessa síndrome
 na América Latina, a Revista Autismo, uma publicação gratuita, sem fins lucrativos, feita por pais de
 autistas, que pode ser acessada íntegralmente no site citado, sem restrições


À ESPERA DOS DEPUTADOS FEDERAIS


Muitos podem pensar que autismo é algo raro, porém, os números aceitos pela comunidade
 internacional são de um autista para cada 110, estatística do CDC
 (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos. 
Números alarmantes, que deveriam colocar o autismo entre as prioridades nas políticas de saúde pública.

Em junho de 2011, o Senado aprovou um projeto de lei que garantirá direitos e atendimento aos autistas
 do Brasil — que atualmente não contam com tratamento pela rede pública de saúde.  
Para ir à sanção da presidente Dilma e virar lei, o projeto precisa ainda ser aprovado pela 
Câmara Federal, mas está parado sem entrar na pauta dos deputados há mais de oito meses. 
Muitos pais perguntam: "Até quando?" — o andamento do projeto pode ser 
acompanhado online emhttp://LeiFederal.RevistaAutismo.com.br com informações do site da Câmara.
 O autismo não é considerado uma deficiência física nem mental, portanto não se encaixa na maioria 
dos direitos já conquistados pelas pessoas com deficiências no país. No início deste ano, no 
Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG) pais se mobilizaram para derrubar vetos do
 Executivo a leis que beneficiam os autistas.

Outro episódio de destaque em 2011, foi o
com a música "Até o Fim", da cantora Fantine Thó (ex-integrante do grupo Rouge), 
dirigido pelo cineasta Marco Rodrigues — o clipe pode ser visto online no Youtube e na MTV Brasil.


Logo_Dia_AVÁRIOS NÍVEIS NO ESPECTRO



Um dos únicos consensos entre a comunidade médica em todo o mundo é de que quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, melhor será a qualidade de vida da pessoa com autismo. A fim de auxiliar a descoberta precoce e para que a sociedade comece a conhecer os sutis sinais do autismo em bebês e crianças cada vez mais cedo, a editora M.Books está lançando o livro "Autismo — Não espere, aja logo!" (132 páginas, R$ 39), sem linguagem técnica, de leigo para leigo, do jornalista Paiva Junior, pai de um garoto que está no espectro do autismo e editor-chefe da Revista Autismo. O livro, que tem prefácio do neuropediatra José Salomão Schwartzman e contra-capa com texto do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA), poderá ser encontrado no site do autor (PaivaJunior.com.br) a partir de abril, o mês do autismo.

Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, porém há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, até raros casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuída inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelângelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todo autista tem “superpoderes”. Os casos de genialidade são raríssimos.
A medicina e a ciência, de um modo geral, sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial de Saúde como um Transtorno do Desenvolvimento, que afeta a comunicação, a socialização e o comportamento.

Outro mito é o de que o autista vive em seu próprio mundo.
 Não. Ele vive em nosso mundo. Muitos autistas, porém,
 têm dificuldade em interagir e se comunicar, por isso não
 estabelecem uma conversa, ou mantêm uma brincadeira, e
tendem a isolar-se — 
não porque querem, mas por não conseguirem. Ao pensar
que o autista não
 tem um mundo próprio, teremos mais chances de incluí-lo em
"nosso mundo" 
com o respeito que merecem, pois preconceito se combate
 com informação. 
Para contribuir, procure saber mais sobre o autismo e ajude
 a divulgar o 2 de abril.