Tatiana Barbosa Ferrari - Terapeuta Ocupacional

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

TIRANDO DÚVIDAS SOBRE O AUTISMO



1. O que é autismo?
Trata-se de um distúrbio que afeta o desenvolvimento da criança
 já nos três primeiros anos de vida,vespecialmente em determinados aspectos:

Linguagem
A doença pode acarretar limitações na fala.
Em casos extremos, os pequenos autistas não conseguem, de fato,
progredir na comunicação verbal.

Interações sociais
O isolamento é uma característica que se manifesta frequentemente nesse grupo.
Não raro, ocorre a dificuldade em estabelecer relações sociais,
que geralmente se dão por meio de interações curtas.

Variabilidade comportamental
Os autistas exploram seus brinquedos de maneira restrita,
focando apenas um detalhe ou uma função específica do objeto.
 Além disso, apresentam comportamentos repetitivos e autoestimulatórios,
intolerância a mudanças na rotina ou na disposição do ambiente.

2. Existem diferentes graus de autismo?
Algumas crianças manifestam sintomas mais brandos,
enquanto em outras eles aparecem de maneira mais agressiva.
Há casos em que há também uma associação com outras enfermidades,
 como deficiência mental,
distúrbio alimentar, do sono ou transtorno obsessivo-compulsivo.
Diante de tantas variáveis, fica difícil classificar os graus de autismo
 com precisão.

3. Como é o diagnóstico? Como posso saber se meu bebê é autista?
Cabe a um psiquiatra ou neurologista infantil a tarefa de identificar o autismo
 com base em avaliações clínicas,
a partir da observação do comportamento do pequeno e dos relatos familiares.
 Não existem testes laboratoriais capazes de apontar a alteração.
 É por volta dos 3 anos de idade que as características do transtorno
 se tornam mais evidentes.
Atualmente, alguns pesquisadores tentam identificar sinais precoces em bebês,
 antes mesmo de completarem 1 ano de vida.

Algumas características que fazem soar o alarme de risco são:

- O bebê não mantém o contato visual com quem fala com ele.

- Tentativas de brincadeiras, jogos ou mesmo vocalizações dos pais
 e familiares não costumam chamar
a atenção da criança e a insistência chega a incomodá-la.

- A apatia e o isolamento nas relações sociais são típicos do problema.
 Frequentemente,
a criança prefere ficar sozinha, focada em objetos luminosos, sonoros
 ou movimentos repetitivos.

- Irritabilidade excessiva, sem causa aparente, também requer atenção,
assim como mudanças
 no comportamento alimentar – e recusa, vômitos recorrentes –
 e alterações de sono.

É importante ressaltar que esses sinais são apenas indicativos de que algo não vai bem
 com o seu bebê.
 Ao notar algum deles, a ordem é buscar o auxílio profissional.

4. O que desencadeia a doença? Fatores hereditários, metabólicos ou
o problema ocorre ao acaso?
Embora ainda não haja estudos conclusivos, sabe-se que existe um
 componente genético relacionado
 a essa desordem. Também se desconfia que o problema esteja relacionado
a infecções virais contraídas
 pela mãe durante a gestação.

5. O distúrbio é mais frequente em meninos ou meninas? Por quê?
O autismo é mais comum em meninos. A cada três ou quatro autistas,
 apenas um é do sexo feminino.

6. Existe tratamento? Como funciona?
Sim. O tratamento pode envolver desde o controle com remédios até
acompanhamento fonoaudiológico, psicológico, psicopedagógico
 e terapia ocupacional.

O sucesso depende dos seguintes fatores:

- Idade do início da intervenção: quanto antes o tratamento começar,
melhor será o prognóstico.
Daí a importância de identificar os sinais de risco já nos bebês;

- Abordagem de tratamento adequada às características e
 limitações do paciente;

- Comprometimento da família durante esse processo;

- Rigor na adesão ao programa terapêutico que, em geral,
 dura pelo menos dois anos,
 com 40 horas semanais de acompanhamento profissional.

7. Meu filho vai se desenvolver normalmente?
Não é possível prever. Os pais devem sempre se esforçar para
 identificar as potencialidades
de seu filho, encorajando-o a enfrentar desafios como qualquer criança.
Não é recomendado adotar uma postura superprotetora.
Há casos de indivíduos que conseguiram uma boa evolução
 nas áreas cognitiva, afetiva, social e motora.
Além disso, tiveram escolarização regular – com ou sem adaptação curricular –
 e obtiveram uma realização profissional.

8. Como funciona o aprendizado de uma criança autista na escola?
Não há um padrão, mas os portadores da disfunção podem enfrentar
 entraves em certas disciplinas.
Muitos conseguem acompanhar uma escolarização regular,
sem adaptações.
Outros necessitam de modificações curriculares devido à dificuldade
 de assimilar conteúdos inerentes
 a certas áreas de conhecimento, como matemática e português.

9. Como uma criança autista se relaciona como com os pais?
É carinhosa como as demais?
Apesar de não demonstrar afeto da mesma maneira que as outras crianças,
isso não significa que o autista
 não ame seus pais. Ele simplesmente se expressa de maneira diferente.
 O convívio permite que a família aprenda a identificar essas
 manifestações peculiares de carinho.

10. Qual a prevalência do autismo?
Nos Estados Unidos, a incidência é de um autista a cada 110 indivíduos.
Já no Brasil, infelizmente, os estudos epidemiológicos não fornecem dados precisos.

Fonte: bebe.com.br

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A importância das brincadeiras sensoriais

PARA CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES :

Através dos nossos sistemas sensoriais percebemos o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. Aprendemos a usar a visão, a audição, o paladar, o tato, o olfato, as sensações proprioceptivas (dão informações sobre o que os músculos estão fazendo, e como eles devem se movimentar) e vestibulares ( dão informações sobre o equilíbrio, postura, controle do estado de alerta, atenção e regulação emocional) para realizarmos nossas tarefas e atividades de vida diária.

As experiências e vivências sensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de “organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente” (AYRES, 1972).

Por serem de fundamental importância, as experiências e vivências sensoriais devem fazer parte da rotina infantil e podem acontecer nos mais diversos ambientes: casa, escola, parques, clubes, etc.



Aí vão alguns exemplos de brincadeiras sensoriais :

Táteis: brincar com areia, água, terra, grama, argila, massinha,, brinquedos de consistências e texturas diferentes.

Visuais: brinquedos coloridos e com contrastes (ex: preto, branco; amarelo / preto).

Auditivos: brincar com instrumentos musicais, ouvir músicas de diferentes estilos, cantar.

Olfativos / gustativos: cheirar, provar e preparar alimentos com consistências e sabores variados ( líquido, pastoso ,sólido e doce, salgado, amargo ).

Proprioceptivos: brincadeiras que envolvem o uso de força ( puxar, carregar, amassar, lavar, esfregar ) . Ex de brincadeiras: cabo de guerra, carrinho de mão.

Vestibulares: brinquedos e atividades relacionadas com movimento: rodar, balançar, pular, correr. Os brinquedos de parque são uma boa oportunidade para vivenciar estes estímulos. 

Estas e tantas outras brincadeiras sensoriais são base para os pensamentos e atos mais complexos que emergem através do brincar cotidiano, tornando-se fundamentais para o desenvolvimento infantil.
Estas e tantas outras brincadeiras sensoriais são base para os pensamentos e atos mais complexos que emergem através do brincar cotidiano, tornando-se fundamentais para o desenvolvimento infantil.



terça-feira, 17 de maio de 2011

Autismo: como reconhecer sinais precoces?


Autismo: como reconhecer os sintomas precoces?

O que é o autismo?
O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação com outras pessoas, na linguagem e apresenta comportamentos restritos e repetitivos.
Como é o comportamento do bebê ou da criança autista?
Abaixo estão exemplos do que pode acontecer ou não com um bebê ou uma criança autista. O diagnóstico só poderá ser determinado por um especialista.
  • A criança não se reconhece pelo nome. Os pais a chamam e ela não responde. Como ela é capaz de identificar outros sons, não se trata de um problema de surdez.
  • A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço ao colo dos pais.
  • A criança não fala, não olha e mostra certa apatia. Têm uma fisionomia pouco expressiva e não interage com outras crianças.
  • Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta.
  • Quando a mãe sai para trabalhar ou volta do trabalho, a criança não mostra interesse por ela.
  • Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade.
  • Durante a amamentação, a criança com autismo não interage com a mãe.
  • Os autistas muitas vezes separam os objetos por cor, tamanho, etc. mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente.
  • A criança fica horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto. No início pode parecer apenas ser uma criança tranquila, mas isso pode ser um dos sinais da doença. Um dos movimentos mais comuns é ficar rodando um objeto.
  • A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta.
  • A criança utiliza as pessoas como instrumento. Pega na mão do adulto e o leva até o lugar onde quer que ele faça algo que ela deseja, ao invés de pedir o que quer na forma de uma solicitação verbal.
Ainda não existe um exame complementar, laboratorial ou de imagens para diagnosticar o autismo infantil. Ele ainda é identificado através de exames clínicos.
Por que é importante saber reconhecer os sinais e sintomas precoces do autismo?
É fundamental que pessoas que trabalham e convivem com crianças saibam identificar sinais ou sintomas típicos de autismo em bebês ou crianças pequenas. Cerca de 60% das crianças com autismo apresentam sinais da doença ao nascer.
Uma vez identificado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por um especialista (pediatrapsiquiatra infantilneurologista infantil) para que o diagnóstico seja feito e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos.
diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares.
ABC.MED.BR, 2011. Autismo: como reconhecer os sintomas precoces?. Disponível em: . Acesso em: 17 mai. 2011.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

BASES PSICOMOTORAS




A primeira base é a tonicidade responsável por gerenciar a postura, atitudes e adequações de gestos. Está relacionada a resistências, tensão e distensão, ao estado de atenção e pode ser considerada uma dimensão inconsciente da relação. A segunda base é a equilibração, ligada ao sistema proprioceptivo, que fornece informações sobre a noção corporal. É importante para a sensação da posição do corpo em movimento e permite e distribuição do peso corporal em relação ao espaço e o tempo,. A terceira base é a lateralização tem importância fundamental nos aprendizados, a distinção dos lados do corpo; reflete na direção, sentido e orientação corporal. A quarta base é a noção de corpo é a elaboração das experiências vividas por seu esquema corporal e o reconhecimento desse esquema que lhe propiciará a constituição da identidade corporal, sua imagem, ou seja, a atribuição simbólica de um “eu” ao seu corpo físico. Mantém relação direta com o inconsciente e é a formação do núcleo da personalidade, importantíssima na constituição do psiquismo do indivíduo. A quinta base é a estruturação espaço-temporal a relação de dados espaciais e dados temporais que capacita/adequa os movimentos e dá o ritmo da vida biológica e psicológica. Possibilita o indivíduo se coordenar na seqüência dos gestos, localizarem partes do seu corpo no espaço e organizar a vida cotidiana. A sexta base é a praxia global e a sétima base a praxia fina. Observamos nas crianças pequenas como se movimentam de forma muito primitiva, usam de muita força, são desajeitadas e após a exploração do seu corpo e dos seus espaços, no correr, girar, subir, descer, agarrar, pular e etc, refinam sua motricidade. Suas experiências naturais nas brincadeiras exploratórias ensinam naturalmente o refinamento dos movimentos e a modulação da força aplicada nas diversas situações. A coordenação motora global é a precedente da fina. A praxia fina permitirá, por exemplo, realizar um movimento de pinça para pegar um objeto pequeno, segurar um lápis ou uma colher. Esse crescimento natural do movimento mais amplo ao mais refinado reflete a maturidade psicológica do indivíduo na organização e compreensão mental do mundo ao redor. A praxia global é requisito para o desenvolvimento da praxia fina e consequentemente o desenvolvimento de atividades neurológicas e cognitivas mais complexas e mais elaboradas. Pensamentos e ações simbólicas nascem de contextos vivenciais e indicam boa saúde “psico e motora”. 


Rosália Cavalcanti

segunda-feira, 9 de maio de 2011

QUANDO A CRIANÇA PRECISA DE TERAPIA OCUPACIONAL?



Se seu filho está tendo dificuldade com o funcionamento do dia-a-dia em casa (Alimentação, Higiene, Vestuário, Brincar ou na escola). A criança deve ser avaliada por uma Terapeuta Ocupacional Infantil. O tratamento é concebido para apoiar a criança e sua família quando encontram dificuldades em qualquer uma das seguintes áreas: Motricidade grossa, Motricidade fina, Lateralidade, Brincar, Comportamento, Sensorial ,Escola e Atividades de vida Diária -Alimentação/Higiene e Vestuário.


HABILIDADES motora fina

 -Dificuldade graduação da força na escrita
 - letra ilégivel e lentidão escrita
-Dificuldade com manuseio da tesoura
-Dificuldade em manipular as ferramentas, como faca, garfo, colher
 - Dificuldade de definição da mão dominante destro ou canhoto (lateralidade indefinida) 2-3 anos
 - Dificuldades com cores, desenho, traçado
- Dificuldade para amarrar os sapatos, fazer botões(abotoar e desabotoar),abrir/fechar ziper,desembrulhar uma bala,abrir um pacote de biscoito,enroscar e desenroscar,utilizando utensílios domésticos

HABILIDADES Motora Gossa e Lateralidade
- falta de coordenação motora, desastrada
 - confunde os movimentos de esquerda e direita
 - baixo tônus muscular 
falta de equilíbrio
- pobres habilidade com bola
- medo de pés saindo do chão
 - dificuldade de coordenação de ambos os lados
- Dificuldade cruzamento da linha média

Atraso no Desenvolvimento
-Dificuldade preensão do lápis
- Dificuldade nas etapas de desenvolvimento de sentar, engatinhar e andar
- Dificuldade motricidade grossa, fina e lateralidade um nível adequado para idade
 -Dificuldade alcançar,preensão,soltar,transeferir um objetos de uma mão para outra.
-Habilidades bimanuais (uso de ambas as mãos) para manipular explorar objetos de vários tamanhos

 PROBLEMAS Integração Sensorial
- reação excessiva hiper- sensíveis para som, toque ou movimento,
 - em resposta a certas sensações ou seja, alta tolerância à dor, não percebe cortes / machucados 
em constante movimento, saltando, batendo, batendo -agitação psicomotora
- facilmente distraídos por estímulos visuais ou auditivas
- emocionalmente reativa
- dificuldades de lidar com a mudança
- incapacidade de auto -regulação

Desordens do espectro autista e Síndrome de Asperger
- dificuldades de interação social eo envolvimento com a família 
dificuldades com o processamento sensorial
 - dificuldades com a mudança para novos ambientes
- excessivamente centrada(fixações objetos por exemplo,carros,trens e dinossauros)
 - não lidar no ambiente escolar

Dificuldade de Aprendizagem

   incapaz de se concentrar e focar na escola
- facilmente distraídos - dificuldade em seguir instruções e completar o trabalho
- fadiga com o trabalho escolar
 - controle pobre do impulso
- hiperatividade ou de baixa energia
 - dificuldade para aprender novo material

Processamento Visual
- Dificuldade viso-motora e viso-espacial
 -espaçamento e tamanhos de letras 
contato visual pobre
- dificuldades com o acompanhamento e cruzamento da linha média
 - dificuldade de encontrar objetos entre outros objetos
- dificuldades de cópia de quadro
- confunde direita e esquerda


Brincadeiras,Jogos e Brincar
- Dificuldade brinquedos encaixar,empilhar,montar e desmontar
- precisa de orientação de adultos para iniciar o jogo
 - dificuldade de imitação
- não explora os brinquedos de forma adequada
- participa de jogos repetitivos por horas, por exemplo alinhando brinquedos
 - Dificuldade interação com os colegas / irmãos nas brincadeiras

















Texto elaborado por  - (JOHANNA TERAPEUTA OCUPACIONAL)



















quinta-feira, 5 de maio de 2011

DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO




  • Um dos principais problemas das crianças perturbação autística é a dificuldade em constituir pensamentos através da linguagem. Para estas crianças torna-se muito formar pensamentos a partir de imagens. Assim, palavras como os substantivos são facilmente aprendidas caso o professor associar às palavras imagens.


  • Para o ensino de numeros e de conceitos deve ser promovido o uso de métodos visuais concretos.


  • Podem existir dois tipos diferentes de ensinar crianças autistas a ler, algumas preferem métodos fônicos, enquanto outras, a memorização das palavras.


  • Uma outra dificuldade destas crianças é realizar sequenciações. Assim o professor deve evitar dar instrucções verbais longas (mais de três instrucções), preferindo, caso a criança já saiba ler, escrever as instrucções num papel.


  • Um dos problemas tipicos de crianças autistas é apresentarem défices a nível da percepção da informação auditiva, levando assim, a défices na audição. Desta forma, salas barulhentas não são apropriadas para estas crianças. Uma forma de proteger um pouco a criança será colocando-a em locais mais calmos da sala de aula onde este esteja o mais afastado possível de sons da campaínha da escola, som de cadeiras a serem arrastadas.


  • Uma outra característica de crianças com PEA é fixarem as suas ideias em determinados assuntos. Assim o professor poderá fazer uso destas ideias fixadoras integrando-as nos trabalhos escolares propostos.


  • Muitas destas crianças parecem apresentar uma grande capacidade para o desenho e para o manuseio do computador. Estas competêcias devem ser fortalecidas fornecendo à criança encorejamento a desenvolve-las cada vez mais.


  • Existem casos em que as crianças nao possuem um bom controlo manual e assim, nao conseguem desenhar as letras de forma precisa levando a situações de frustração. Caso o professor se encare com este problema poderá fazer uso do computador para a criança começar a escrever.


  • Algumas crianças autista apresentam associado um certo grau de hiperactividade. Uma das formas possiveis para acalmar o sistema nervoso destes alunos será fornecer a estes propriocepção e pressão que irá , através por exemplo do uso de coletes de enchimento.


  • Uma das formas de melhor o contacto visual e a fala destas crianças será quando o professor interagir de forma directa, tocando-lhes e olhando para elas.


  • É sabido que um dos problemas dos autistas é a linguagem, contudo é conhecido que conseguem se expressar com maior facilidade quando cantam. Assim, o professor poderá colocar as perguntas à criança sobre a forma de canção podendo a criança compreender melhor a informação.


  • Crianças que apresentem sensibilidade sonora poderão responder melhor caso o professor comunicar com elas sobre a forma de sussuro.


  • Algumas crianças não verbais poderão não ser capazes de processar estimulos visuais e auditivos em simultaneo. Assim o professor, deve de fornecer ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual, nunca devem ser dadas ambas ao mesmo tempo. Tal problema acontece porque o sistema nervoso da criança está ainda muito imaturo, não se encontrado apto para processar os dois tipos de informação.


  • Crianças não verbais autistas poderão ter como sentido mais apto o tacto. Assim,o professor deve fazer uso desta capacidade da criança e por exemplo ao ensinar as palavras ou os numeros, fornecer ao aluno letras e numeros em plástico para que elas possam senti-las.


  • Uma boa forma da criança aprender as suas rotinas será por exemplo, tocar nos objectos e senti-los alguns minutos antes para saber que actividade terão de executar.


  • Quando o professor fala perante a turma e dirige-se ao aluno deve chama-lo pelo nome várias vezes, para que se mantenha atento;


  • Quando pretende que a criança olhe para alguma informação no quadro procura e certifica-se que este olhe para o local pretendido;


  • Cria determinadas rotinas que mantém diariamente como escrever o plano do dia sempre no mesmo espaço do quadro, arruma a sala de forma estruturada;


  • O seu lugar fica perto do quadro sem crianças à sua frente para que não se distraia.


  • Se o aluno necessita de apoio mais directo pode ser importante ter sempre uma cadeira junto de si, pois assim ele sabe que sempre que precisar o professor pode sentar-se ali;


  • Ao seu lado deve estar sentado um colega com capacidade de desempenhar o papel de tutor;


  • Se existem regras afixadas (informativas de comportamentos que deve ou não deve ter) estas devem estar próximas e a criança deve aprender a olhar para elas sempre que o professor fornecer um sinal combinado.


  • Se a criança precisa de incentivos/motivações procurase que sejam dentro dos seus interesses e que possam ser compensadoras de desempenhos pretendidos;


  • Quando as crianças apresentam comportamentos disruptivos (esteriotipias) estas devem ser permitidas, contudo, de forma organizada e temporizada;

http://topediatrica.blogspot.com/



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Defensividade Sensorial




Defensividade sensorial é simplesmente a super ativação de nossos sentidos protetores. É uma má percepção que faz com que nossas roupas pareçam aranhas em nossa pele e escadas pareçam rochedos. Indivíduos com defensividade sensorial podem ser descritos como às vezes procurando, às vezes evitando, algumas vezes hiperativos , emotivos, instáveis emocionalmente e/ou procurando sensorialmente. Cada indivíduo tem seu próprio estilo de resposta. Pode haver defensividade para um tipo de sensação (ex. sensibilidade ao toque é defensividade tátil) ou a muitos tipos de sensações.

Quando defensividade sensorial domina o comportamento de um indivíduo, outros sintomas sociais/emocionais podem aparecer. Esses efeitos secundários tornam-se um outro problema que é separado mas relacionado. Hábitos e medos aprendidos podem persistir se não tratados separadamente.

Defensividade Sensorial A tendência a reagir negativamente ou com alarme a entrada sensorial que geralmente é considerada inofensiva ou não irritante é típica de defensividade sensorial. Sintomas comuns podem incluir hipersensibilidade a luz ou toque inesperado, movimento súbito ou hiperreação a superfícies instáveis, sons de alta frequência, excessos de barulho ou estímulos visuais e certos cheiros.

Comportamentos Emocionais e Sociais Relacionados

Defensividade sensorial resulta em gráus variáveis de estresse e ansiedade, embora sintomas possam variar de indivíduo para indivíduo. A criança com defensividade sensorial pode perceber erroneamente o mundo como perigoso, alarmante ou, no mínimo, irritante.

Defensividade Tátil

Pessoas com defensividade tátil preferem tocar que ser tocados. Frequentemente fazem manha ou resistem para lavar o cabelo. Podem agir como se sua vida estivesse sendo ameaçada quando são banhados ou trocam suas roupas. Essas crianças frequentemente se irritam com alguns tipos de roupas, etiquetas ou roupas novas. Podem não gostar de ficar próximos a outros e evitar multidões. Frequentemente não gostam de que suas mãos ou pés fiquem sujos. Podem parecer desnecessariamente grosseiros. Algumas crianças gostam de cair sobre coisas de propósito, como se procurando sensação ou parecem responder menos a certas sensações de dor.

Defensividade Oral

Algumas crianças não gostam ou evitam certas texturas ou tipos de comida. Podem ser hiper ou hipo sensíveis a comidas condimentadas ou quentes; evitam por objetos na boca; e/ou tem horror de escovar os dentes ou lavar o rosto. Alguns têm uma variedade de problemas de alimentação desde a infância.

Insegurança Gravitacional

Parece ser um medo irracional de mudança de posição ou movimento. Essas crianças geralmente têm medo quando seus pés deixam o chão, ou a cabeça é virada para baixo.

Defensividade Visual

Isto pode envolver uma hiper sensibilidade à luz e distraibilidade visual. Crianças com este problema podem evitar brincar fora , dependendo da luz e/ou precisar de óculos escuros para bloquear a luz. Podem assustar-se mais facilmente e/ou evitar contato olho a olho.

Defensividade Auditiva

Reflete uma hiper sensibilidade a certos sons e pode envolver respostas irritadas ou de medo a certos sons tal como aspirador de pó, motores, alarme de incêndio, etc. Crianças às vezes fazem uma quantidade exagerada de sons para bloquear outros sons.

Outros

Outros sintomas podem incluir sensibilidade pouco comum a gostos e/ou cheiros.

Abordagens de Tratamento

-Tratamento guiado por terapeuta ocupacional especialista em Integração Sensorial
-Programa de atividades planejadas e programadas,chamado de dieta sensorial.


Fonte:http://www.portalsaudebrasil.
com

terça-feira, 3 de maio de 2011

A história de Carly

Carly, uma criança diagnosticada com autismo severo e retardo mental associado, consegue através da digitação expressar como sente os estímulos sensoriais. Assista e perceba onde a terapia da integração sensorial pode auxiliar no tratamento da pessoa com autismo e se emocione com o bom desenvolvimento de Carly após conseguir se comunicar.

As escolas públicas estão preparadas para identificar e acolher pessoas autistas?


Alexandre Mapurunga - Conselheiro titular e ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência e membro do Movimento das Pessoas com Deficiência do Ceará



Ao falarmos de autismo e inclusão escolar devemos ter em mente pelo menos dois conceitos antes de avaliar o mérito das escolas públicas. Primeiro, a inclusão não é um processo que se finaliza no ato da inserção do autista na escola e que tão pouco possa ser avaliado só com base nas dificuldades ou apoios inicialmente encontrados.

Inclusão é a progressiva transformação dos meios sociais com eliminação de barreiras físicas, instrumentais, comunicacionais, metodológicas e atitudinais de modo que os espaços se tornem adequados, acessíveis e inclusivos. O conceito de incluir não tem como premissa a preparação prévia para posterior participação, mas sim a construção inclusiva a partir da participação. Assim, a matrícula é só o primeiro passo para inclusão escolar dos autistas e para construção de uma escola inclusiva.

Um segundo fundamento é relacionado à visão de direitos humanos das questões relacionadas às pessoas com deficiência, dentre elas os autistas, e a convicção na busca pela igualdade de direitos e oportunidades com as demais pessoas. Nesse sentido, educação é direito básico e fundamental e deve ser oportunizado e acessibilizado sem discriminação ou segregação, a todos.

Problemas como negação de matrícula, bullying, falta de acompanhante, principalmente no recreio, salas muito lotadas e dificuldade de adequação na metodologia e conteúdo são ainda realidade na vida dos alunos autistas. É preciso, porém, destacar mudanças importantes nos conceitos, legislação, políticas públicas e práticas educacionais que, aliadas à consciência crescente das famílias, estão permitindo que cada vez mais autistas participem da rede regular de ensino junto com as demais crianças.

A ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que no Brasil tem força constitucional, garante o ensino inclusivo e não segregado; a Política Nacional de Educação Especial está efetivando o atendimento educacional especializado, instrumentalizando salas de recursos multifuncionais nas escolas e oferecendo capacitação para professores, inclusive com foco em transtornos globais do desenvolvimento; o trabalho constante de militância, organizações e movimentos sociais vem gerando consciência, garantindo direitos e catalisando os processos de mudanças.

Barreiras ainda existem, mas o ambiente nunca foi tão favorável para transformações inclusivas na escola. As famílias que topam o desafio contam com suporte legal, políticas públicas e sistema de garantias de direitos para apoiá-las. As que empreendem essa aventura relatam o quão positivo e transformador é para o desenvolvimento dos filhos e para a escola onde eles estão.

Fonte: Jornal O Povo